15 março 2007

Poema Alentejano


Refexão Alentejana
Tava eu a tirar on moncos
Lá da cana do nariz
Anquanto fazia uma mija
Assim ... tipo chafariz
Tinha a bexiga tã cheia
Que fiquê lá uma hora
Quando maçomê em volta
Tinha ido tudo imbora
Sacodi o "coiso" e tal
Enquanto coçava a "bilha"
De tal manêra atascado
C'o entalê na braguilha
Tirê as botas do lôdo
Que fizera na mijada
Sacudi tamêm as calças
Sempre com ela entalada
Pedi ajuda á ti Anicas
Ca'li ali perto morava
Mas depilou-me os tomates
Da força que os puxava
Ensanguentado na pila
Fui aos tombos pelo monti
Gomitanto quasi as tripas
Nã sê se queres que te conti
Como comera dôs pâis de quilo
E um garrafão pra empurrari
Nãm admira qui tivesse
Três horas a vomitari
Detê-me na palha fresca
Pra ver se descansava
Enterrê-me logo em bósta
De uma vaca que passava
E foi assim que essa tarde
Conheci um caracoli
Os dôs deitados na pallha
Com os cornos a secar ó soli
Porque esta vida é tão dura
Por aqui plo Alentejo
Dêxa cá dormire um pôco
Vamos soltando um bocêjo...

veio por mail

Aí compadres, que vida dura...

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