04 setembro 2008

Nem todas as drogas são iguais



Toda a estratégia que países, como Portugal, têm seguido no combate à droga é um fracasso porque parte da ignorância e do preconceito, porque se baseia no desconhecimento e na arrogância, porque idealiza a vitória mas não o acordo, porque se dirige aos números e não às pessoas, porque privilegia a proibição e não a liberdade. Enquanto os comandantes desses combate não mudarem de roupa nada mudará.
Trago há muitos anos na memória esta história persa. Tão simples e diz tanto. Aqui a deixo:

"Três homens intoxicados, respectivamente pelo álcool, pela heroína e pelo haxixe, chegam, durante a noite, às portas fechadas de uma cidade.
O alcoólico grita com raiva: "Deitemos a porta abaixo, com as nossas espadas conseguiremos fazê-lo sem dificuldade"
"Não", respondeu o heroinómano, "Podemos instalar-nos cá fora confortavelmente e descansar aqui até de manhã"
O consumidor de haxixe declara por sua vez: "Que ideia tão estúpida! Passemos pelo buraco de fechadura".

in" Rei dos Leitões"

7 comentários:

Pelos caminhos da vida. disse...

Drogas que bom seria se não existisse.
Tantas familias destruidas,jovens acababos,etc...


beijooo.

Maria Quitéria disse...

Tudo que nos tira do eixo e nos leva ao descontre (tirando o sexo), não é bom...rs.

Francine Esqueda disse...

... Cada "loco" com sua mania, né?
Infelizmente as drogas estão no meio do nosso futuro, de uma juventude que passa pela vida sem saber o que realmente vale a pena... Enfim, sempre há tempo de reconstrução e mudanças...

mdsol disse...

É assunto que me deixa sem palavras. Felizmente não m ecruzei com ele de muito perto. Mas não sou alheia ao que me rodeia.
Boa surpresa a visita lá ao branco no branco.

(acho o nome do blog extremamente sugestivo)

:))

Dois Rios disse...

A droga desestrutura não só o adicto,
como toda a família. Há interesses para além das nossas vãs filosofias que esbarram numa vontade concreta e decisiva de resolver esse impasse.

Beijo,
Inês

Paula Barros disse...

Sei do quanto é difícil o tratamento. Por ter tido caso de alcoolismo na família, por ter amigas com filhos usuários de outras drogas, por conhecer pessoas. São tantos os comprometimentos que cada indivíduo tem e que torna mais difícil o tratamento.
Quanto ao governo, o Brasil, estava tentando implantar um programa voltado para o redução de risco. Não sei muito bem. Depois vou procurar me informar melhor.

Mas o ponto do seu texto que me chamou a atenção foi quanto as pessoas. Esse deve ser o foco, e ao mesmo tempo é o dificultador. Justamente porque cada caso é um caso. Tem uma história de vida por trás de cada indivíduo.

Gostei de pensar nesse assunto. Estava precisando.

Nanda Assis disse...

de todos as maus passados em minha vida, este é um que consegui pular por cima, sem me esbarrar. o próprio nome já diz, infeliz de quem gosta.
bjossss...

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